quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

10 CUIDADOS PARA COMPRAR TERRENO EM LOTEAMENTO


Veja os cuidados e análises necessárias ao comprar um terreno para construção, moradia ou investimento.
O baixo custo de manutenção e a potencial valorização com o passar dos anos tem feito com que o lote tenha se tornado uma das principais formas de investimento, seja para moradia ou como uma alternativa de renda. Porém a decisão de compra deve ser amparada por cuidados básicos para evitar problemas futuros. Confira 10 dicas que irão garantir um bom negócio:

1- O primeiro passo é verificar o histórico da empresa responsável pelo loteamento, pedir referências sobre os loteamentos lançados anteriormente e visitá-los.

2- Escolher um bom empreendimento também depende de verificar sobre quais serviços essenciais estarão instalados, quem irá administrá-los e se o loteamento é fechado ou aberto.

3- Visitar o local onde se deseja adquirir um lote é fundamental para conhecer a infraestrutura das ruas, iluminação, segurança e verificar a demarcação.

4- Confira no Registro de Imóveis o registro do loteamento, as licenças e a aprovação do projeto. É recomendável também verificar informações junto aos órgãos ambientais e prestadores de serviços públicos de água e luz. Sobre a obra, deve-se buscar a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (AELO), que confere um "Selo de Regularidade de Aprovação" às obras regulares.

5- Consulte o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) para verificar sobre a idoneidade da empresa corretora.

6- Loteamentos irregulares não se preocupam muito com o futuro de seus recebimentos. Por isso, antes de concluir o negócio, deve-se verificar quem financia o parcelamento e qual documentação é exigida.

7- Para efetuar o pagamento, o consumidor deve dar a entrada ou sinal com cheque nominal à empresa, além de exigir um recibo de sinal e um contrato que descreva de forma detalhada o empreendimento.

8- É necessário olhar com atenção a documentação do lote. Caso o lote seja irregular a documentação irá denunciar se ele está instalado próximo a áreas de mananciais ou de proteção ambiental.

9- Duvide dos preços baixíssimos, isso pode significar que o terreno está sendo colocado em nome de uma associação de moradores e/ou uma quota irregular vendida.

10- Uma das principais prioridades é verificar a matrícula individual do lote, que garante ao proprietário que aquilo não é fruto de uma ocupação irregular. Essa conferência pode evitar 95% dos problemas que podem ser descobertos com a compra de terrenos.

Retorno sobre investimento

Para quem adquire um lote, são inúmeras as opções que geram bons retornos. "O investidor pode aguardar a valorização do lote e vendê-lo a preços bem maiores. No caso de lotes fora dos condomínios, pode construir um imóvel residencial e alugar, ou um galpão para empreender um novo negócio, obtendo uma renda complementar", explica Marco Tulio Silva, diretor de vendas da loteadora Gran Viver.

Seja qual for a opção de investimento, a pessoa deve analisar o crescimento da vizinhança, o comércio, transporte público, o acesso para a região, a qualidade das construções do entorno, dentre outros fatores que irão determinar sua valorização. "O lote não tem grandes custos de manutenção, é simples e barato de manter. O tempo é seu grande aliado, diferente de outros bens móveis, como, por exemplo, carros, que desvalorizam com o passar dos anos. Além disso, um lote não sofre com crises econômicas, aquecimento global ou mudanças de governo", defende Silva.

fonte: imovelweb

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Setor de construção civil nos EUA e Europa ainda sente os reflexos da crise

A situação das empresas do setor de construção civil nas macrorregiões econômicas Europa, América do Norte e Ásia/Pacífico reflete com exatidão as tendências econômicas globais, regionais e nacionais. O setor de construção civil foi fortemente atingido pela crise de 2009, e um grande números de incidentes depagamento ainda ocorrem em 2011. Hoje, a situação da economia mundial, marcada pela atual recessão na zona do euro, tem diferentes contextos dependendo de cada país ou região, e há disparidades significativas entre países e subsetores econômicos.
Construção na Europa vai depender dos planos de austeridade em 2012
Após um declínio de três anos e uma queda de 17% na atividade neste período, o setor de construção europeu finalmente quase se estabilizou em 2011, particularmente na área residencial, apesar de persistirem disparidades entre os países europeus, que podem ser divididos em três grupos:
  • O primeiro grupo reúne os países onde o setor de construção mais sofreu com a crise, e onde a recuperação vai levar mais tempo. Irlanda, Islândia, Espanha, Dinamarca, Holanda, Grécia e a Europa Central foram afetadas por excessos significativos em preços e fornecimento, e ainda registram um grande número de incidentes de pagamento.
  • O segundo grupo, Reino Unido, França, Bélgica e Itália, sofreu menos, e os negócios até se recuperaram em 2010. Apesar disso, um novo declínio se estabeleceu devido à persistência de preços excessivamente altos. Incidentes de pagamento ainda são disseminados, particularmente no Reino Unido, onde o número de falências corporativas é o mais significativo. Na França, as empresasenfrentam forte concorrência para ganharem contratos e lutam para ganhá-los mesmo que isso signifique às vezes diminuir suas margens, enquanto têm que colocar na conta, preços elevados para materiais brutos. Houve menos falências no primeiro semestre de 2011 do que no mesmo período de 2010, embora os números permaneçam muito acima dos níveis pré-crise.
  • O terceiro grupo consiste dos países europeus onde a crise não afetou o setor de construção: Alemanha, Áustria, Noruega, Suécia, Finlândia e Polônia. As falências no entanto são mais altas do que em outros setores, afetando principalmente as empresas cuja atividade é regional e que trabalham em apenas um setor.
Para 2012, a Coface prevê um avanço modesto na construção na Europa, se a retomada no setor residencial continuar. O setor de construção será, no entanto, afetado pelos planos de austeridade. Obras públicas e construções institucionais devem se estagnar sob a influência das restrições de orçamento. A construção de instalações empresariais e industriais devem ser afetas pelas incertezas econômicas.
América do Norte: Estados Unidos ainda patinam, e Canadá se recupera
Nos Estados Unidos, os preços em queda, combinados aos custos em alta, enfraqueceram todo o setor. O investimento em construção caiu 2% nos primeiros 11 meses de 2011. Apesar do declínio afetar a maioria dos subsetores, o segmento de novas construções foi especialmente enfraquecido. A construção comercial e institucional também continua a sofrer devido às dificuldades de orçamento das cidades e estados. No Canadá, a recuperação que começou no início de 2010 explica o baixo nível de incidentes de pagamento registrado pela Coface. Uma forte desaceleração é no entanto esperada no segmento residencial em 2012, devido à introdução de condições de crédito mais rigorosas.
Ásia-Pacífico: recuperação na atividade
O setor de construção na zona Ásia-Pacífico é relativamente flutuante. É esperado que a atividade se recupere razoavelmente bem em 2012 no Japão e na Nova Zelândia, ambos afetados por desastres naturais, em resposta à sua necessidade de reconstrução. Na Austrália, a curto prazo as incertezas econômicas devem impedir o dinamismo do setor, mas é esperado que a atividade se acelere no médio prazo, graças as condições demográficas favoráveis.
  • O caso da China
As vendas caíram na China desde 2010, seguindo os passos dados pelas autoridades para desaquecer o mercado de propriedades, em particular por restringir os empréstimos bancários ao setor. A queda nas vendas, ajustes de preços e aumento nos níveis de estoque devem gerar uma pequena queda na atividade no segmento residencial privado, mas isso será parcialmente compensado pelo lançamento de um novo programa público de construção residencial social.
O boom na construção fez com que players de classe mundial emergissem na China, não apenas nas empresas de construção mas também de produtores de materiais brutos e manufaturas de maquinário. Estes recém-chegado são cada vez mais ativos nas zonas emergentes, particularmente na África e no Oriente Médio.
Análise: sensibilidade às condições econômicas específicas para cada mercado e subsetor.
A intensidade de atividade no setor de construção varia de acordo com o impacto da crise na economia de cada país e de acordo com a sensibilidade às condições econômicas que variam de um subsetor para outro (residencial, comercial ou infraestrutura, público ou privado, etc.). A atividade é forte em mercados emergentes que estão tirando seu atraso no desenvolvimento, e isto é particularmente favorável a certos subsetores, como obras públicas e construção comercial privada e institucional. Da mesma forma, a atividade em mercados desenvolvidos é moderada ou estagnada, em especial no setor de construção residencial, ligado a diferenças demográficas, de ambientes econômicos, termos de crédito, legislação fiscal, estoque de casas vagas e preços.
Este clima econômico frágil e variável, combinado a mudanças em pedidos do setor público e regulações e flutuações tanto de custo dos materiais quanto da demanda, explica o aumento nos incidentes de pagamento durante os primeiros meses da crise, em 2008, e também de outubro de 2011 em diante.
Contribuição: Grupo Coface
O Grupo Coface, um dos líderes mundiais em seguro de crédito, oferece às companhias ao redor do mundo, soluções para o gerenciamento de recebíveis. Em 2010, a Coface registrou um volume de negócios consolidado de € 1.6 bilhões de euros, com 6.400 funcionários fornecendo um serviço global em 66 países. A cada bimestre, a Coface publica suas análises de risco-país de 156 países com base no seu conhecimento exclusivo do comportamento de pagamento das companhias e no expertise dos seus 250 analistas de risco.
Na França, a Coface gerencia garantias públicas à exportação em nome do governo francês.
A Coface é subsidiária do Natixis cujo capital próprio (Tier 1) foi de 16.8 bilhões de Euros ao final de dezembro de 2010.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CUSTO DA CONSTRUÇÃO AUMENTOU 7,90% NOS ULTIMOS 12 MESES


Os materiais, equipamentos e serviços tiveram aumento médio de 0,35% ante 0,23% e a mão de obra 0,98% ante 0,47%.
Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que o custo da construção tem vindo a aumentar em quase todo o país.

O Índice Nacional de Custo da Construção  - Mercado (INCC-M), que mede as variações de mão de obra, serviços e materiais empregados no setor e é utilizado como um subcomponente do Índice Geral de Preços- Mercado (IGP-M), atingiu 0,67% em janeiro ante 0,35%, em dezembro. Nos últimos 12 meses, a taxa está em 7,90%.

Os materiais, equipamentos e serviços tiveram aumento médio de 0,35% ante 0,23% e a mão de obra 0,98% ante 0,47%. O impacto maior foi provocado por reajustes salariais em Belo Horizonte com taxa média de 8,38%. Das sete capitais onde é feita a medição, apenas duas indicaram altas em índices inferiores aos registrados em dezembro: Brasília onde o INCC-M atingiu 0,01% ante 0,97% e Recife com taxa de 0,31% ante 2,77%.

Nas demais capitais foram registradas as seguintes variações: Salvador 0,32% ante 0,02%; Belo Horizonte com 4,4% ante 0,09%; Rio de Janeiro com 0,29% ante 0,16%; Porto Alegre com 0,17% ante 0,08% e São Paulo com 0,19% ante 0,15%.

RECORDE DE CREDITO IMOBILIARIO NO BRASIL EM 2011

Foram emprestados R$ 23,7 bilhões a mais do que em 2010, o que representou um crescimento de 42%

Os financiamentos para a construção e a compra de imóveis, no ano passado, alcançaram o maior volume já registrado no país com R$ 79,9 bilhões.

Foram emprestados R$ 23,7 bilhões a mais do que em 2010, o que representou um crescimento de 42%. O número de unidades financiadas chegou a 493 mil – 17% acima do ano anterior. Os dados foram anunciados hoje (26) pelo novo presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octávio de Lazari.

De acordo com o executivo, a previsão é manter o crédito imobiliário em alta neste ano de 2012, mas o ritmo de crescimento deverá ser um pouco mais lento com um aumento em torno de 30%. Na avaliação de Lazari, mesmo prevendo uma taxa menor, esse avanço esperado será muito expressivo, devendo alcançar R$ 103,9 bilhões.

"A nossa preocupação não é a de apresentar um crescimento elevado, e sim contínuo, de forma sustentável", observou.

Lazari acrescentou que existem sinalizações para um aumento da participação do crédito imobiliário no Produto Interno Bruto (PIB), do atual 4,7% para 10%, nos próximos anos, tomando por base o bom desempenho da economia interna.

Mas para isso, ele destacou, serão necessárias novas alternativas de captação de recursos, além da poupança. Ele informou que as negociações com as autoridades monetárias nesse sentido estão caminhando bem e que ainda neste ano poderão estar definidas. Entre as sugestões está o lançamento de novas opções de investimentos no mercado financeiro a exemplo do Covered Bonds, título já adotado na Europa.

No ano passado, a captação líquida da poupança atingiu R$ 9,4 bilhões e o saldo das cadernetas de poupança no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) aumentou 10% sobre 2010 totalizando R$ 330,6 bilhões.


Exame, Marli Moreira - Agência Brasil

SELIC FICARÁ ABAIXO DE DOIS DIGITOS


Tribuna do Norte / RN
O recado foi claro: o juro cairá para um dígito em breve. Diante da decepção com a economia, que cresceu menos que o esperado no segundo semestre de 2011, e sem luz no fim do túnel da crise europeia, o Banco Central avisou ontem que é "elevada a probabilidade" de que a taxa básica da economia, a Selic, siga em queda em direção ao nível de um dígito. A luz amarela acendeu nos últimos dias com a constatação de que a economia tem girado em ritmo menor que o previsto. Até dezembro, o BC projetava uma expansão de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. Mas, segundo apurou o Estado, em pouco mais de 40 dias dados econômicos frustraram as expectativas ao revelar que a expansão foi mais fraca: entre 2,7% e 2,8%.

Atualmente em 10,5%, o juro cairá sem aumentar a inflação porque o Brasil, no entender do BC, já é beneficiado pela queda da chamada taxa de juro neutra - que permite à economia crescer sem pressionar os preços.

Entre os fatores que explicam a queda do juro neutro brasileiro, o BC lista o menor risco Brasil para os estrangeiros, a estabilidade macroeconômica e os avanços institucionais. "Todas essas transformações caracterizam-se por um elevado grau de perenidade. Embora, em virtude dos próprios ciclos econômicos, reversões pontuais e temporárias possam ocorrer", ressaltaram os diretores do BC na ata da reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Em um texto mais direto que os anteriores, o documento divulgado ontem pelo BC explicitou a preocupação com o ritmo da economia. Com crescimento mais lento, o Copom entende que a demanda reagirá menos e, por consequência, a pressão de alta sobre os preços será menor. Por isso, há espaço para cortar ainda mais os juros, que já caíram 2 pontos porcentuais desde agosto, em quatro cortes seguidos de 0,50 ponto cada.

A avaliação do BC para os demais indicadores econômicos continua igual. Portanto, a instituição rejeita a percepção de alguns economistas de que a análise sofreu uma "guinada". Ao contrário. O rumo da leitura é o mesmo e, agora, ainda mais aprofundado. Diretores também rechaçam a análise de que a ata teria sido influenciada pela sinalização feita um dia antes pelo Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos, de que o juro seguirá baixo naquele país até 2014 porque a maior economia do mundo não deve reagir nesse período.

Para o Bradesco, a ata deixou claro que a Selic atingirá, pelo menos, o nível de 9,75% nos próximos meses. "Se o nosso cenário se confirmar, de retomada gradual do PIB e inflação bem comportada no primeiro trimestre, a Selic deverá atingir 9,5% em maio", prevê a instituição.

O banco chama a atenção para o fato de que o documento não usou o termo "ajustes moderados" ao tratar dos cortes de juro, como nos últimos meses. Isso sugere que "as portas ficam abertas para que o passo de redução mude para 0,25 ponto". Desde agosto, a taxa tem caído em doses de 0,50 ponto. Dessa maneira, o Bradesco prevê mais três cortes do juro em breve: 0,5 ponto em março e 0,25 ponto nos encontros de abril e maio.

"Nunca vi uma ata tão explícita"

A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada reduziu em 0,50 ponto porcentual a taxa básica de juros, para 10,50% ao ano, foi "anormalmente explícita" na sinalização de que vai continuar cortando juros. A avaliação é do economista-chefe do HSBC Bank Brasil, André Loes, que destaca, em especial, o parágrafo 35 do documento. No referido trecho da ata lê-se que "(...) o Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito".

"Eu nunca vi uma ata tão explícita como essa", reforça o economista-chefe do HSBC. Segundo ele, o Copom foi mais direto do que o normal. "Isso está em linha com nosso cenário que contempla mais três cortes de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 9% ao ano", informa Loes. Está em linha também, de acordo com ele, com a política geral do governo, que pretende fazer uma política econômica mais forte para obter uma política fiscal mais consistente e dar mais espaço para a política monetária.

"Eu tenho minhas dúvidas quanto à execução da política fiscal, entre outras coisas por causa do aumento do salário mínimo e porque a desaceleração dos gastos em infraestrutura no ano passado, apesar de ter sido resultado de uma tentativa de fazer ajuste fiscal, contou com aquele monte de mudanças no Ministério dos Transportes, que é uma pasta gastadora neste sentido", explica Loes.

"Acho que estes dois pedaços - despesa já contratada com aumento do salário mínimo, que bate nos gastos das Previdência, e o aumento dos gastos em infraestrutura - vão tornar difícil a repetição do nível de primário do ano passado." E continua: "Acho que a decisão de 0,50 ponto porcentual é compatível com essa visão que a gente tem e também com o nosso call, que é de mais cortes de juros que a média do mercado".