quinta-feira, 27 de outubro de 2011

INNC-M ACELERA PARA 0,20% EM OUTUBRO

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontou aumento na inflação da construção civil  em outubro. O índice registrou taxa de variação de 0,20%, resultado superior ao do mês anterior, de 0,14%.

No ano, o índice acumula altas de 6,68% e, nos últimos 12 meses, a taxa registrada é de 7,70%. O índice representa 10% do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M).

Os preços de mão de obra também apresentaram aumento mais forte de preços, e tiveram alta de 0,16% em outubro, após subirem 0,01% em setembro. Já o índice relativo aos preços de materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,25%, resultado inferior ao anterior, que havia sido de 0,27%.

Entre os produtos pesquisados, as mais expressivas elevações de preço na construção civil foram apuradas em ajudante especializado (0,24%); elevador (0,59%); e refeição pronta no local de trabalho (1,09%).

Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em condutores elétricos (-2,06%); aluguel de máquinas e equipamentos (-0,07%); e ferragens para esquadrias (-0,12%). Ainda segundo o índice, quatro capitais Brasília (de 0,10 para 0,14), Belo Horizonte (de 0,25 para 0,86), Rio de Janeiro (de 0,04 para 0,08) e Porto Alegre (de 0,10 para 0,15) tiveram aceleração. Porém, Salvador (de 0,15 para 0,10), Recife (de 0,31 para 0,14) e São Paulo (de 0,13 para 0,12) tiveram desaceleração.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CONSTRUÇÃO CIVIL MANTEM IMPULSO E PUXA ECONOMIA


Jornal do Comércio / RS
O governo do Estado fez bem em colocar, via Banrisul, à disposição dos professores linha especial de financiamento para a aquisição de moradias. O déficit habitacional continua alto, as classes de baixa renda estão fora do mercado, como aquelas que recebem entre zero e três salários-mínimos, e a ânsia pela tradicional casa própria continua.
No mês de setembro as vendas internas de materiais de construção apresentaram expansão de 7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Materiais de Construção (Abramat). Na comparação com agosto, porém, o faturamento do setor apresenta declínio de 0,5%. No acumulado do ano até setembro as vendas aumentaram 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 12 meses foi apurada expansão de 2,7%. Já o número de empregados na indústria de materiais de construção cresceu 6,1% frente igual período do ano anterior e 0,9% na comparação com agosto.

Que a construção civil é um dos maiores mercados de mão de obra e uma forte expansionista da economia, com vários efeitos multiplicadores, ninguém tem dúvidas. No entanto, apesar disso, desde que foi extinto o Banco Nacional da Habitação (BNH), criado no regime militar, sempre tão criticado, mas cujas ações administrativas até hoje mostram a sua eficiência, nenhum plano oficial havia substituído o então ótimo mecanismo. Agora, o Minha Casa, Minha Vida preencheu lacunas, mas deve se focar mais nas famílias com até três salários-mínimos de renda. Por isso não surpreende quando a indústria de materiais de construção ainda segue otimista, de acordo com pesquisa mensal realizada pela Abramat. Afinal, quem casa quer casa e longe de casa, diz o antigo adágio popular desde muitas décadas.

Ao mesmo tempo, entre os empresários consultados a intenção de investimentos para ampliar a capacidade de produção nos próximos meses avançou. O índice de otimismo com relação às ações do governo voltadas para o setor da construção civil também atingiu patamares elevados: 70%, um nível alto para os últimos 12 meses. Os programas habitacionais em andamento e o crescimento do crédito imobiliário são algumas das influências responsáveis pelos bons indicadores. As indústrias estão ampliando sua capacidade no mesmo ritmo da demanda. Ora, isso é não apenas uma boa notícia como muito importante para a retomada do emprego e da renda no País. Porém, é fundamental que os municípios, principalmente os interioranos, façam projetos para vilas populares, doando áreas onde possam ser construídos conjuntos com água encanada, luz, arruamento, praça e espaço ou construções para escolas e centro esportivo. É assim que se complementará a grande e básica reforma da educação. Além disso, colocar essas vilas populares com transporte coletivo ligando a outros centros ou à cidade mais próxima, eis que, todos sabem, grandes áreas disponíveis geralmente estão bem longe das zonas densamente povoadas, como acontece, por exemplo, com Porto Alegre. As prefeituras do Interior devem se capacitar da sua importância, a fim de evitar o êxodo para as grandes cidades e estas, por sua vez, se verem impotentes para resolverem o problema de habitação popular. Enfim, a construção civil é um dos motores da economia.

Consórcios crescem 30,8% no Brasil em 2010



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Diário do Grande ABC / SP, AE


O volume de negócios gerado pelo sistema de consórcios no Brasil cresceu 30,8% em 2010, na comparação com o ano anterior, para R$ 63,2 bilhões, de acordo com dados divulgados hoje pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). No mesmo intervalo, as vendas de novas cotas de consórcios aumentaram 8,2%, atingindo o recorde de 2,12 milhões de unidades. O resultado considera os segmentos de veículos automotores em geral (pesados, leves e motos), imóveis, eletroeletrônicos e serviços.

Em dezembro, o número de participantes ativos no sistema somou 4,06 milhões de pessoas, o que indica uma expansão de 6,8% em relação a dezembro de 2009. Em todo o ano de 2010, as contemplações aumentaram 4,4%, para 980,6 mil, também um nível recorde.

Em nota, a Abac informou que, no ano passado, os ativos administrados do Sistema de Consórcios foram estimados em R$ 89 bilhões, um expansão de 14,1% ante o ano anterior. "Quando projetávamos para 2010 um crescimento entre 6% e 8% nas novas vendas, fomos, além de conservadores, mais cuidadosos em relação ao volume de negócios. A expectativa era, no mínimo, superar 2009 com os mesmos percentuais", lembra Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac. Segundo o executivo, a estabilidade econômica, a maior presença das classes C e D na economia e a segurança no emprego impulsionaram o valor do tíquete médio de vários setores.


Imóveis

A venda de novas cotas de consórcios de imóveis registrou alta de 8,8% em 2010, somando 205,6 mil unidades, conforme pesquisa da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). O valor médio das cotas para a compra de um imóvel no mês de dezembro subiu 21,8%, para R$ 104,3 mil, ante R$ 85,6 mil de um ano antes. Já o tíquete médio anual - que pondera o valor médio da cota durante o ano - cresceu 14%, passando de R$ 83,255 mil para R$ 94,942 mil.

Em dezembro, o segmento registrava 580 mil participantes, indicando acréscimo de 8,3% em relação a um ano antes. No ano, 67,8 mil pessoas foram contempladas neste segmento, mostrando crescimento de 5,4% ante igual período do ano anterior. Entre março e dezembro deste ano, 3.192 participantes utilizaram o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para amortizar ou quitar parcelas de consórcios de imóveis, somando R$ 54,7 milhões.

TERMO GARANTE REEEMBOLSO EM CASO DE ATRASO DE OBRAS


Repórter Diário / SP
A partir de 26 de novembro, os contratos de compra de imóveis novos terão a garantia de reembolso de parte do valor pago em caso de atraso de entrega. De acordo com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado pelo Ministério Público e pelo Sindicato da Habitação do Estado (Secovi- SP), as construtoras que atrasarem em mais de seis meses terão de pagar multa mínima de 2% sobre o valor pago e 0,5% para cada mês de espera.

Segundo o presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC (AcigABC), Milton Bigucci, o termo se configura como algo positivo, pois faz com que as construtoras atendam os prazos dos contratos. No entanto, a vigência do termo se torna preocupante, uma vez que, a entrega da obra não depende apenas das construtoras.

"A obra depende de documentos como o Habite-se e outros que são emitidos pelos órgãos públicos. É necessário uma agilidade maior na concessão desses documentos", explica. Bigucci lembra ainda que existe os seis meses de tolerância no atraso garantido por lei. Se a entrega do apartamento ou casa está prevista para fevereiro de 2013, ainda se tem mais seis meses para depois ser considerado atraso.

O TAC determina que o pagamento da multa seja realizado em um prazo máximo de 90 dias após a entrega das chaves ou assinatura da escritura definitiva. As empresas também deverão avisar o proprietário sobre problemas no andamento das obras com quatro meses de antecedência.

(Colaborou Carolina Neves)

Especialista dá dicas para valorizar os imóveis


Cozinhas, banheiros e garagens amplas aumentam o lucro do proprietário.
Escolas, postos de saúde, supermercados, linhas de ônibus e shoppings são alguns dos elementos que podem elevar o preço de um imóvel. Além da infraestrutura da região na qual a casa ou apartamento está localizado, outro fator que influencia a valorização dos imóveis são as reformas. “Nem todas as modificações influem de maneira positiva no valor do empreendimento”, ressalta o advogado imobiliário Carlos Samuel de Oliveira Freitas, diretor de condomínios da Primar Administradora de Bens, que irá inaugurar sua filial na Barra (RJ) em outubro.
A principal recomendação no que diz respeito a reformas é não fazer alterações com o objetivo de deixar o imóvel personalizado conforme os gostos pessoais. Imagine um empreendimento com detalhes que remetam a animais, isso pode não agradar o gosto dos possíveis compradores. “As reformas devem ter caráter funcional, ou seja, que atenda as demandas do mercado. Personalizar um bem deprecia o seu valor”, explica Freitas, que também é diretor de locações da ABADI.
O custo, a qualidade e a utilidade são as três bases de sustentação de qualquer reforma no imóvel. As alterações não devem ter um custo alto comparado com o valor da construção, pois corre-se o risco de não conseguir recuperar o investimento. “A qualidade dos materiais utilizados também é fundamental. O ideal é pesquisar os preços e verificar a qualidade e procedência, evitando a compra de algo ruim, independente do valor. O serviço deve ser bem feito e a reforma deve ser realizada visando à utilidade”, observa.
Os cômodos mais importantes para a valorização do imóvel são a cozinha e o banheiro. Atualmente as casas e apartamentos não dispõem de espaço e os ambientes são pequenos e desconfortáveis, por isso a procura por cozinhas mais amplas está crescendo. “A cozinha é um lugar de integração, perfeita para as reuniões em família na hora das refeições. Por isso cômodos com fácil passagem, superfícies resistentes e pisos e revestimentos fáceis de limpar são mais valorizados”, considera.
Os banheiros e os equipamentos presentes em seu interior podem aumentar significativamente o valor de um imóvel. A presença de um banheiro no quarto principal ou até mesmo mais de uma suíte são considerados diferenciais. “O banheiro deve ter um bom tamanho, com box e espaço confortável para o vaso sanitário. Vale a pena investir nos encanamentos, mesmo não sendo visível as boas condições da infra-estrutura são imprescindíveis. As banheiras contribuem para aumentar o preço do imóvel”, acrescenta.
O acabamento deve ser de qualidade, com cores discretas e resistência. Cerâmica, granito ou madeira são os materiais mais indicados para o piso, enquanto o carpete não é recomendado, principalmente pelos aspectos de higiene e saúde. “A limpeza é outro fator que influencia na hora de comercializar o imóvel, podendo acrescentar uma boa porcentagem no valor. Um local limpo e organizado passa uma boa imagem e realça os pontos fortes da edificação”, destaca.
A garagem e a área externa também contam pontos na hora de vender ou alugar o imóvel. O jardim deve ser bem cuidado, com grama cortada, árvores podadas, flores bem cuidadas e nada de deixar a horta cheia de mato. “Os compradores gostam de garagens grandes, que acomode pelo menos dois carros. O visual externo do imóvel tem que ser arejado e iluminado e a cor externa deve ser clara, aumentando as chances do negócio ser concretizado”, finaliza Freitas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Brasil receberá investimentos de R$ 1,48 trilhão em obras até 2016


Revista Grandes Construções, Canal Executivo
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Os principais investimentos em infraestrutura no Brasil até 2016 foi o tema da pesquisa divulgada oficialmente pela Sobratema-Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, durante o II Sobratema Fórum - Brasil Infraestrutura - Cidades, evento que aconteceu na terça-feira (18), no auditório da Fecomercio, em São Paulo.

Na apresentação oficial da pesquisa, de autoria da Criactive Exit8, o eng. Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, explicou que a primeira fase do estudo de 2010 envolveu 9.550 obras de 11 setores. Já a nova pesquisa são 12.265 obras divididas em 10 setores - que incluem Copa e Olimpíadas, num setor único - com investimentos de R$ 1,48 trilhão.

O palestrante destacou que, no ano passado, o BNDES lançou o Programa ProCopa Turismo que foi orçado em R$ 1 bi. Com o novo programa, o banco desesembolsou em 2010 só para o setor hoteleiro R$ 185 mi. Há uma tendência de crescimento de investimentos de valores superiores de R$ 7 bi até 2014 em toda a área turística. Na pesquisa foi identificado um volume de 81 obras no segmento de hotel&resort no valor de R$ 51 bi até 2016. A região Nordeste representa 76% dos investimentos previstos e a Sudeste, em segundo plano, com 23%.
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De acordo com relatório apresentado em janeiro deste ano pelo Ministério dos Transportes, a Copa de 2014 envolverá 94 projetos de infraestrutura, somando R$ 23,8 bi de investimentos. A pesquisa da Criactive Exit8 demonstra que só em estádios e arenas serão necessários R$ 14 bi.

O desempenho da contrução civil está muito atrelado ao crescimento do País. O setor de infraestrutura é bastante dependente dos investimentos públicos. Segundo o relatório do World Competitividade Global (2011-2012), o Brasil ocupa o 104º lugar no ranking da infraestutura dentre 142 países. "O Brasil investiu 2,1% do PIB em infraestrutura (2006-2009), sendo que os desafios são grandes, desde mão de obra, investimentos, tributação, entre outros", destacou Marques.

A região Sudeste demanda os maiores volumes financeiros, com ênfase para São Paulo e Rio de Janeiro, sendo que Bahia, Pernambuco e Ceará também vêm se destacando em obras. Já a região Norte é importante pela produção de projetos responsáveis pela geração de energia elétrica.

No setor de combustível, a Petrobras anunciou investimentos de cerca de US$ 224 bi até 2015. Para exploração e produção serão investidos US$ 117,7 bi. No setor de gás serão US$ 9 bi. Para atender essa demanda será necessário a ampliação da capacidade produtiva brasileira. As obras em segmentos de combustíveis representam 46% do total dos investimentos.

Conforme revelou Marques, um dos grandes desafios do país está no setor de saneamento. "Para cada 1 real investido em esgoto e saneamento, economiza-se 5 reais em saúde e são gerados 42 mil empregos diretos e indiretos", frisou. Somente 55,4% dos domicílios brasileiros têm acesso ao sistema de esgoto, 11,6% usam fossa séptica para coleta e 32,9% das residências empregam soluções inapropriadas.

Até 2022 serão necessários recursos da R$ 206 bi para universalizar o sistema de escoamento e tratamento de esgoto. Do total de 12.265 obras, 7.390 (60%) são voltadas para a área de saneamento, consideradas de menor porte o que justifica o grande volume de empregos.

O trem de alta velocidade (TAV) é a grande obra na área de transporte que deverá consumir valores da ordem de R$ 34,6 bi para percorrer 520km de extensão. Os investimentos do PAC previstos para o setor são de R$ 16,8 bi, sendo R$ 12,6 bi para obras rodoviárias. No total, o PAC prevê investir R$ 42,5 bi em obras de infraestrutura.

O programa "Minha Casa MInha Vida", em sua segunda versão, prevê recursos da R$ 125,7 bi (R$ 72,6 bi em subsísdios e R$ 53,1 bi em financiamento). Este ano, o setor industrial deverá apresentar crescimento em torno de 2%. Em 2010 foi de 10,5%. Segundo a Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, os investimentos em máquinas e equipamentos, instalações, inovação, gestão e pesquisa e desenvolvimento devem atingir R$ 167,1 bi, em 2011.

No ano passado, o setor de shopping center faturou R$ 87 bi, com previsão de crescimento para este ano de 12%. Atualmente são 420 shoppings e mais 43 novos empreendimentos serão construídos até 2012.

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terça-feira, 18 de outubro de 2011

QUANTO CUSTA REGULARIZAR UM IMOVEL


Folha de Pernambuco / PE, Rosália Vasconcelos
Comprador precisa ter ciência de todos os custos para não ter surpresas na hora de legalizar o bem
Registrar um imóvel custa caro. É fato e não há como tentar mascarar. Mas, de que adianta investir dinheiro - às vezes, do trabalho de uma vida inteira - e não garantir que ele seja seu de direito? Por isso que, antes de assinar o contrato, saiba todos os gastos reais que se vai ter - que pode incluir, por que não, os valores gastos com os deslocamentos para resolver todos os trâmites legais. É importante ter em mente que será necessário desembolsar não apenas o valor do próprio registro, mas contar com o custo de todos os documentos necessários na hora de legalizar seu bem, como as certidões negativas pessoais e os impostos pagos à prefeitura do município onde o imóvel está localizado - incluindo o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), equivalente a 2% do valor da propriedade.

"Eu acredito que a maior dificuldade na hora de legalizar um imóvel seja a questão financeira. Muito maior, inclusive, do que as dificuldades burocráticas. Hoje, a legalização sai em torno de 4% a 5% do valor do bem. E esse percentual tende a aumentar quando o imóvel está localizado em terreno de marinha. Sem dúvida, a carga tributária tem sido o que mais pesa", analisa o proprietário da Hábil Engenharia, Félix Cantalício. Segundo ele, o valor arbitrado pelos cartórios de Registro de Imóveis ainda é alto, embora um dos grandes problemas seja o repasse das custas processuais e dos emolumentos (dinheiro pago aos cartórios) ao Tribunal de Justiça do Estado (TJPE), regulamentado pela Lei Estadual 11.404/1996.

"Eu acredito que o valor para se registrar um imóvel poderia ser reduzido, sobretudo os localizados em regiões mais pobres. Mas acho que essa redução deveria vir de uma parceria entre o TJPE e os cartórios de Imóveis. Porque registrar um bem é um direito do cidadão. Então, se é um direito, deve ser algo acessível", opina Cantalício.

Como forma de tornar mais acessível o registro imobiliário - que se torna mais oneroso na medida em que os empreendimentos se valorizam -, muitas instituições financeiras inserem os custos do processo no valor do financiamento do imóvel, para quem optar por essa modalidade de aquisição. Caso o plano de pagamento não possua esse recurso ou o usuário não esteja adquirindo o imóvel através de financiamento, todos os custos terão que ser pagos à vista. Nesse caso, é fundamental se organizar.

"A maior parte das pessoas compra apenas um imóvel durante sua vida e investe todo o seu dinheiro. E, já que se investiu tanto, é melhor investir também no registro, para evitar riscos, como a má fé do vendedor, que pode hipotecar o bem ou vendê-lo a outra pessoa, já que por direito ele continua sendo proprietário do imóvel", defende o corregedor auxiliar para o Serviço Extrajudicial do TJPE, juiz Sérgio Paulo Ribeiro.

Para se organizar, o usuário pode consultar os valores das despesas de transferência, escritura e registro do imóvel, que são pré-fixados, nos cartórios e nos órgãos públicos. Válidas para todo o Estado, as tabelas de preços dos cartórios de Notas (que lavram as escrituras) e dos ofícios de Registro de Imóveis são progressivas e variam de acordo com o valor total do imóvel. Para os cálculos dessas despesas, vale o que for maior: geralmente, o preço de venda no mercado.

"O empresário, que entende o procedimento dos cartórios, sabe que o nosso trabalho representa custo. E a maioria das pessoas reclama dos valores pagos aos cartórios, porque acha injusto. Mas, se você fizer um comparativo com outros custos, como o ITBI pago à prefeitura (2% do valor do imóvel) e os juros do financiamento, o valor pago no registro, que dá justamente a segurança jurídica do bem, é muito inferior. Inclusive, eu questiono: por que nos programas habitacionais para a população de baixa renda só há a redução das custas cartoriais? Por que não erradicar juros de financiamento e oferecer gratuitamente o ITBI?", incita o oficial registrador do 3º Cartório de Registro de Imóveis do Recife, Valdecy Gusmão.

O que e a quem pagar
Conheça os custos do processo de compra e venda do imóvel

* Responsabilidade do vendedor:
- Taxa de corretagem da venda, se houver;
- Certidões negativas pessoais e do imóvel.

* Responsabilidade do comprador:
- Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) à prefeitura correspondente ao município onde o imóvel está localizado, correspondente a 2% do valor do bem;
- Certidões negativas pessoais;
- Escritura do imóvel em qualquer cartório de Notas do País (tabela progressiva de acordo com o valor do imóvel);
- Registro do imóvel, no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde o imóvel está situado (tabela progressiva de acordo com o valor do imóvel, disponível no site do TJPE - www.tjpe.jus.br/custas/TabelaDeCustasEEmolumentos.pdf);
- Despachante: pessoa que trabalha prestando serviços para resolver toda a parte burocrática, como pegar e levar documentos, registrar assinaturas etc. São pessoas que já conhecem todos os procedimentos e conseguem resolver o trâmite dos documentos mais rapidamente que uma pessoa que não conhece bem todos os processos. Não é um item obrigatório. Sai em torno de R$ 500.

AÇÕES DO SETOR IMOBILIARIO QUE VALEM A PENA


Exame, Gustavo Kahil
Goldman Sachs revela a preferência por papéis das corretoras de imóveis
O setor imobiliário é mais um entre os vários segmentos da economia que têm sido castigados na bolsa brasileira, mas um olhar mais atento para as empresas listadas pode revelar oportunidades interessantes e de menor risco. Essa é a avaliação Goldman Sachs, que divulgou nesta semana um relatório com a lista das melhores pedidas.
Os analistas Leonardo Zambolin e Bianca C.M. Cassarino destacam que as ações têm sido punidas tanto por riscos macroeconômicos – o risco de uma reviravolta da economia mundial e a inflação no Brasil – quanto por razões micro – baixa visibilidade dos fluxos de caixa, problemas de execução, limitações de crescimento, etc.

O Imob, índice que acompanha as ações do setor, tem queda de 25% no ano.

"Nós compartilhamos as preocupações, porém acreditamos que o mercado poderia estar de olho nos segmentos de menor risco e nos fortes fundamentos para o setor imobiliário residencial, especialmente pela perspectiva de demanda", afirma a análise. O banco revelou a preferência pelas corretoras de imóveis.
De acordo com Zambolim e Bianca, elas são opções de menor risco e com fluxos de caixa mais previsíveis, baixa necessidade de capital, alta rentabilidade e com modelos de negócios mais diversificados do que as construtoras.
As sugestões são: BR Properties (BRPR3), LPS Brasil (LPSB3) e Brasil Brokers (BBRK3), além da administradora de shoppings BR Malls (BRML3).

Em uma visão de longo prazo, o GS reiterou a recomendação de compra dos papéis da PDG (PDGR3) e da Even (EVEN3). Para eles, ambas possuem a melhor combinação de gerenciamento de risco, retornos, crescimento e valor entre as desenvolvedores.

"Elas também priorizam a execução, rentabilidade e fluxo de caixa livre, ao contrário de apenas o crescimento", explicam.

De uma forma geral, o Goldman Sachs mostrou uma postura mais conservadora com as construtoras e incorporou nos modelos um crescimento mais lento dos novos lançamentos, ciclos mais longos de crescimento, maiores custos e menor alavancagem operacional. O lucro por ação, na média, foi reduzido em 22%, 19%, 22%, em 2011, 2012 e 2013, respectivamente. Os preços-alvos caíram 18%.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SITE FAZ QUEIMA DE ESTOQUE DE IMOVEIS



Quem acha inviável comprar um imóvel com os preços atualmente praticados no mercado ganhou uma opção para encaixar o sonho de consumo no bolso. Lançado há quatro meses, o site Promoimóveis promete vender casas, apartamentos ou salas comerciais com descontos de até 30%. Mágica? Longe disso. O site funciona como uma espécie de “outlet virtual” e vende imóveis que estão encalhados no estoque das incorporadoras há um ano ou mais.

Luiz Turano, diretor da Promoimóveis, explica que os imóveis colocados à venda no site fazem parte de empreendimentos que foram quase 100% comercializados. Uma ou outra unidade, entretanto, acabou encalhando no estoque – e não vale a pena para a incorporadora fazer um esforço de marketing para vendê-la.

Ele afirma que geralmente os imóveis não encontraram um comprador por detalhes. Apartamentos em andares baixos, por exemplo, costumam ser evitados em determinadas ruas. Também não é incomum que coberturas em empreendimentos de classe média acabem encalhando. No Rio de Janeiro, apartamentos que pegam sol na parte da tarde também são evitados porque o calor na área interna pode ser excessivo durante o verão.

Muitos imóveis também podem ter ficado no estoque por algum erro estratégico da própria incorporadora. A empresa pode ter colocado a unidade à venda por um valor fora do patamar de mercado ou então fez um lançamento em um bairro onde posteriormente houve uma superoferta de imóveis, entre outras possibilidades.

Nos primeiros quatro meses de vida, o site comercializou 16 imóveis com descontos de até 30%, mas que, em geral, ficam em torno de 10%. “Com a recente valorização dos imóveis, o consumidor ficou muito sensível a preço”, diz Turano. “Qualquer desconto de 10% que o site ofereça já costuma ser suficiente para o cliente comprar um carro.”

Atualmente, um dos principais destaques do site é um apartamento de 67 metros quadrados na Vila Madalena, em São Paulo, que estaria com 172.000 reais de desconto. O imóvel custa 648.000 reais, ou 9.670 reais por metro quadrado. Não chega a ser barato mesmo levando em consideração a ótima localização. “Mas os descontos são reais. O preço de tabela desse imóvel é bem mais alto”, diz Turano.

Ele explica que a incorporadora concorda em oferecer o desconto por dois motivos. O primeiro deles é que, assim como em sites de compras coletivas, a unidade muitas vezes é utilizada como isca para chamar a atenção de quem está à procura de um imóvel. “O incorporadora pode ter 10 unidades ainda à venda e dá desconto em só uma para trazer gente para seu estande de vendas.”

O principal motivo para os descontos, entretanto, é que as grandes imobiliárias que atuam no Rio de Janeiro e em São Paulo, como a Lopes ou a Fernandez Mera, são especializadas na venda de imóveis em lançamento. É nesse período que quase todos os negócios são fechados. É quando, portanto, se justifica a montagem de uma forte estrutura de marketing, que inclui um apartamento decorado belíssimo, a publicação de anúncios publicitários às vezes até em televisão e a inclusão de uma tropa corretores no plantão de vendas.

Passada a euforia dos primeiros meses, o movimento nos estandes tende a diminuir, e a imobiliária já quer mobilizar a equipe de corretores para o próximo lançamento. Os imóveis que sobraram costumam então ser colocados à venda pelas imobiliárias controladas pelas próprias incorporadoras, que são especializadas em vendas avulsas. Mesmo nesse caso, não vale a pena fazer um grande esforço de marketing para comercializar uma ou outra unidade. É aí que entra a Promoimóveis.

Fonte: Portal Exame  -  10/10/2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Preços dos aluguéis sobem mais do que a inflação em Porto Alegre



Zero Hora / RS, Tássia Kastner
Oferta de unidades para locação encolheu 12% em cinco anos na Capital

Os 2,2 mil imóveis residenciais disponíveis para locação na Capital estão, em média, 14,35% mais caros do que há um ano, de acordo com o Sindicato da Habitação no Estado (Secovi-RS).

O índice é quase o dobro dos percentuais que medem a inflação e que são utilizados para reajustar os contratos de aluguéis.

O IGP-M, medido pela Fundação Getulio Vargas e que é o indicador mais comum para reajustar aluguéis, acumula alta de 7,46% em 12 meses.

Na prática, o aluguel geralmente corresponde a 0,5% do valor da unidade. Como os imóveis passaram por uma grande valorização nos últimos anos, essa proporção está chegando agora ao inquilino.

Em Porto Alegre, a escassez de unidades é outra das razões que pesam contra os locatários: há 12% menos unidades disponíveis na Capital do que há cinco anos. Com a demanda aquecida, a tendência é de alta nos preços.