sexta-feira, 4 de maio de 2012

FGV: retorno de investimento no mercado imobiliário avança no 1º tri


SÃO PAULO - O Índice Geral do Mercado Imobiliário - Comercial (IGMI-C), que mede o retorno do capital investido e da renda apurada com imóveis comerciais no país, acelerou para 4,35% no primeiro trimestre deste ano, ante os últimos três meses de 2011. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano passado, o retorno tinha sido de 3,96%.
Daniel Wainstein / Valor
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o retorno apurado no primeiro trimestre deste ano foi de 17,37%. O indicador, divulgado hoje pela Fundação Getulio Vargas (FGV), foi calculado a partir de uma amostra de 301 imóveis comerciais.
O IGMI - C é formado por dois subindicadores, de retorno da renda e do capital, que avançaram 2,74% e 1,61%, respectivamente, em relação ao trimestre anterior. Já na comparação anual, as variações foram de 11,51% da renda, e de 5,41% do capital. No último trimestre de 2011 esses percentuais eram de 12%, 5,6%.
FONTE: VALOR.COM

ALTERAÇÃO NA REMUNERAÇÃO DA POUPANÇA


Anunciada na quinta-feira, mudança nas novas cadernetas restringe rendimento a 70% do juro básico quando essa taxa chegar a 8,5%, o que deve ocorrer em 30 de maio


Mais tradicional e popular aplicação do país, a poupança passa a ter novas regras para quem fizer depósitos a partir desta sexta-feira. Na prática, porém, a mudança deve afetar o rendimento na caderneta a partir de 30 de maio, quando é esperada a redução do juro básico para 8,5%.

Conforme deixou claro ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao anunciar as novas regras, sua aplicação está condicionada ao momento em que a taxa Selic, referência básica para os juros no país, ficar igual ou menor a 8,5%. Hoje está em 9%. 

Na última reunião do Banco Central que define o juro, os diretores da instituição mostraram disposição de seguir fazendo cortes, embora com mais “parcimônia”. É esperada uma poda de 0,5 ponto, o que levaria a Selic aos determinantes 8,5%.

Nesse caso, novos depósitos em contas já existentes ou cadernetas abertas a partir de hoje terão seus rendimentos calculados com base em 70% da Selic, acrescidos da Taxa Referencial (TR). Os recursos já depositados não terão modificação nos rendimentos.

Atacar com dureza os altos juros dos bancos no discurso de 1º de maio, foi parte da estratégia da presidente Dilma Rousseff para preparar o terreno para mudar a poupança com menor desgaste político.

— Nós não vamos fazer nenhuma gracinha, nenhuma loucura — avisou Dilma, no encontro ontem com sindicalistas.

A presidente pediu cuidado na divulgação do tema, pois admitiu preocupação com interpretações errôneas de que o governo congelará a poupança. 

Nas contas da equipe econômica, o juro básico de 8,5% já começa a provocar fuga de recursos de fundos de investimentos para poupança, causando dificuldades para o Tesouro Nacional refinanciar a dívida da União.

— A mudança é mínima, e não afeta os interesses e benefícios dos correntistas da caderneta de poupança — sustentou Mantega.


FONTE: ZEROHORA.COM

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Caixa reduz em até 21% juros para financiamento imobiliário

Redução vale a partir do 8º Feirão da Casa Própria, que acontece em maio.

Corte vale para todos os clientes, mas apenas em contratos novos.


 Caixa Econômica Federal informou nesta quarta-feira (25) que reduziu a taxa de juros do financiamento de imóveis para todos os clientes. A redução, de acordo com o banco, pode chegar a 21%, nas condições do Sistema Financeiro de Habitação. As novas taxas vão valer para os novos financiamentos contratados a partir do 8º Feirão da Casa Própria, que acontece entre os dias 4 de maio e 10 de junho.
De acordo com a Caixa, para os imóveis de até R$ 500 mil, os juros passam de 10% ao ano para 9% ao ano. Se o interessado se tornar cliente do banco, com conta salário, a taxa cai para 7,9% ao ano. O financiamento, neste caso, é de no máximo R$ 450 mil e dentro das condições de SFH.
Para imóveis com valor superior a 500 mil, ou seja, fora do SFH, a taxa de juros vai cair de 11% ao ano para 10% ao ano, informa a Caixa. Se tiver conta salário no banco, a taxa cai ainda mais, para 9% ao ano.
Já para um cliente que tenha relacionamento com o banco e financie um imóvel de R$ 170 mil, nas regras do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a taxa de juros cai dos atuais 8,4% ao ano para 7,9% ao ano. Se a pessoa também for cotista do FGTS, os juros caem para 7,4% ao ano, inclusive para financiamentos dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, na faixa de renda acima de R$ 3.100.
As novas condições, segundo a Caixa, vão ser praticados em todas as agências do banco no país a partir do dia 4 de maio, data do início do 8º feirão. Elas só vão valer para contratos novos.

Simulação
De acordo com a Caixa, todo o cliente, independente ter conta no banco, em um financiamento de R$ 200 mil, economizará cerca de R$ 1.800 nas prestações do primeiro ano. No período de 20 anos do contrato, a economia chega a R$ 18 mil.

No caso de um financiamento de R$ 100 mil, dentro das regras do FGTS, a economia no primeiro ano será de R$ 450 e, ao longo de 30 anos de contrato, de R$ 7 mil.

Se o financiamento for de R$ 600 mil, fora do SFH, a economia no período de vigor do contrato pode chegar a R$ 54 mil, segundo o banco.

Ganhos
O vice-presidente de Governo e Habitação do banco, José Urbano Duarte, disse que ganhos de escala e de eficiência possibilitaram a redução de juros para as linhas de crédito habitacional. Ele negou que a medida obedeça a ordem da presidente Dilma Rousseff.
"Nós últimos anos investimentos bastante na melhoria dos nossos processos, ganhamos em escala, tivemos ganhos de eficiência. E estamos nesse momento exatamente nos valendo disso para compartilhar com os nossos clientes parte desses ganhos", disse ele.
FONTE: G1.COM.BR

Governo vai alterar rendimento da poupança; entenda



O governo federal deve anunciar nesta quinta-feira a redução do rendimento da caderneta de poupança. O rendimento mínimo da aplicação, fixado em lei, é baseado na soma da Taxa Referencial (TR) mais 6,17% ao ano. A medida deverá inibir a fuga de investimentos de títulos da dívida do Tesouro Direto para a poupança.
Com a redução da taxa Selic, hoje em 9%, os fundos de investimento e títulos do Tesouro perdem um pouco da atratividade, porque contam com a cobrança de Imposto de Renda, IOF e taxa de administração, ao contrário da poupança. Assim, o governo tem dificuldade em vender títulos para renegociar a dívida pública.
Na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff passou cinco horas reunida com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ainda deverá acertar mais detalhes nesta manhã. "A presidente quer fazer algo que funcione, que ela não deva mudar no futuro", disse um interlocutor. No momento, Dilma e o setor econômico avaliam todas as variáveis possíveis. Ela estuda, por exemplo, cenários em caso de uma eventual queda mais significativa da Selic, um mecanismo que torne os títulos da dívida sempre mais atraentes do que a poupança.
A medida encontra restrições de especialistas, como o professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Ellery, por causa do momento escolhido. Para o economista, a determinação de reduzir juros é conhecida há tempos, e a rentabilidade da poupança já havia se tornado um obstáculo em 2009, quando a Selic atingiu níveis próximos aos atuais. À época, o então presidente Lula tentou taxar cadernetas de poupança com mais de R$ 50 mil com Imposto de Renda, mas a proposta foi bastante criticada e caiu no esquecimento.
"O problema é que se o governo tivesse resolvido isso com a Selic a 12% teria sido fácil propor essa mudança aos poupadores. Depois, quando a taxa caísse, justificaria a mudança, mas o governo deixou para resolver com o problema já estourando. Isso que o governo quer fazer é muito provável que signifique perda de rentabilidade na poupança, o que vai gerar uma reação mais do que justa. Afinal, ninguém quer ser prejudicado na sua renda em prol de objetivos gerais que não são muito bem mensurados", analisou. Para setores do Planalto, no entanto, este é o melhor momento político para Dilma tomar essas medidas, já que a popularidade da presidente vem batendo sucessivos recordes.
Até o momento, a mudança não está definida, porque o governo precisa estudar todas as implicações econômicas e jurídicas para não ser preciso fazer alterações. "Se ela quer que os juros cheguem a padrões internacionais, a mudança das regras da poupança é uma decorrência natural", disse outro auxiliar.
O cálculo do governo é que a migração dos investimentos para a poupança ocorreria com a Selic menor de 8,5%. Para conter esse movimento, o Ministério da Fazenda entregou duas propostas para a presidente Dilma. A primeira seria abandonar o rendimento atual da poupança, que passaria a ter rentabilidade equivalente a 80% da Selic. Outra proposta também prevê extinção da TR e do rendimento de 6,17% com a definição de até nove faixas de rentabilidade, dependendo do valor investido. A presidente também estuda reduzir o rendimento de novas poupanças com mais de R$ 50 mil a 80% da TR.
Hoje, Dilma terá uma sequência de reuniões com vários setores para tratar de redução de juros e provavelmente sobre poupança. Para o início da tarde, ela convocou o Conselho Político, que reunirá ministros de cúpula, presidentes de partido e líderes da base aliada. Em seguida, ela receberá centrais sindicais e trabalhadores do campo e, depois, empresários.
Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
Um assunto periférico, mas que pode ser decido também hoje é a isenção do Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O tema poderá ser tratado com os trabalhadores e deve ser definido por medida provisória.
Nos cenários estudados, uma possibilidade pode ser a de que se incida o Imposto de Renda para PLRs superiores a R$ 5 mil. Outros cenários sugerem o teto de até R$ 10 mil. A partir do teto, seriam criadas faixas para tributação escalonada. Quanto mais alto a PLR, maior a incidência do Imposto de Renda. O governo ainda espera dados finais sobre quanto de renúncia fiscal, isto é, quanto o governo deixará de arrecadar com as diferentes possibilidades de isenção.

FONTE: TERRA.COM.BR