segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CLASSE C COMEÇA A INVESTIR EM IMOVEIS


, Milton Paes
A classe "C" que representa atualmente 95 milhões de habitantes no Brasil tem sido cada vez mais disputada por diversos segmentos econômicos do Brasil devido a sua capacidade de consumo que cresce ano a ano em função das facilidades na aquisição de crédito, aumento de renda das famílias e estabilidade no emprego proporcionado pelo aquecimento da economia brasileira. O mercado imobiliário tem identificado, nos últimos anos, nessa classe um novo perfil de investidor. Após adquirir a casa própria, a Classe C investe em imóveis na planta e prontos para ampliar a renda com aluguéis. Em Campinas o aumento em investimento desse público cresceu 40% em 2011.

O diretor de Marketing da Rede Imobiliária Campinas, Antônio De Lucca Júnior, acredita que a Região Metropolitana de Campinas tem como diferencial a situação de migração.

"Nossa região recebe muitos executivos e profissionais devido a instalação de multinacionais, grandes e médias empresas brasileiras que estão migrando muitos profissionais que anteriormente não vinham para Campinas. A classe média apresenta uma estabilidade melhor no emprego e também oportunidade de novas mudanças na vida profissional", avalia.

A disponibilidade nas linhas de créditos oferecidas pelos bancos, também têm contribuído, segundo De Lucca, para a facilidade de investimento em imóveis na planta e prontos por parte da classe C. "Os bancos estão bem competitivos em relação às taxas," afirma.

O caminho traçado por investidores iniciantes é basicamente num primeiro momento conquistar o imóvel próprio, procurando diretamente com a construtora ou no mercado de terceiros, por novas opções de negócio na planta. "No caso do imóvel na planta, o cliente paga à construtora de 20% a 30% do valor total durante a obra", explica.

Depois da aquisição, a valorização média até a conclusão da obra pode variar de 25% a 35%. Por isso, quando o imóvel entra na fase do financiamento, o investidor costuma optar pela venda. "Em alguns casos, o cliente assume o financiamento e aluga para geração de renda e também para cobrir a parcela do financiamento", coloca.

De Lucca lembra ainda que o perfil do investidor está começando cada vez mais jovem.

"De 20 a 50 anos tem muita vontade de investir. Antigamente quando a gente falava de investidor era acima de 45 anos. Hoje diminuiu. Hoje o primeiro bem está muito possível e o mercado está muito cheio de dinheiro para habitação", justifica. Antônio De Lucca orienta que o consumidor tem que ficar atento a detalhes importantes na busca do crédito para o financiamento imobiliário.

"O que deixou de ser um problema que era a taxa do banco, o momento é o quanto vamos pagar de seguro, pois dentro de cada financiamento existe a figura do seguro, que é onde nosso cliente tem que se atentar. Tem que se conhecer o todo, então precisa saber quanto é a taxa, quanto é o seguro e qual a taxa de abertura de crédito. Se o consumidor for atento a esses detalhes ele ganha no final", diz.

O boom de investimento da classe C de 40% registrado no ano passado e que tem crescido desde 2009 na aquisição de imóveis pode apresentar uma certa redução neste ano, pois, segundo de Lucca a instabilidade política que se instalou na cidade a partir do segundo semestre de 2011 acabou por gerar uma certa insegurança no mercado imobiliário por conta que algumas questões importantes precisam ser definidas, principalmente no que tange ao projeto das macrozonas que fizeram com que as construtoras colocassem o "pé no freio" devido a alta de definição com relação a esses projetos importantes para a cidade. "Em razão de tudo que está acontecendo em Campinas do segundo semestre do ano passado pra cá não vai mais ser esse boom, pois diminuiu o número de compras, as construtoras estão tímidas e Campinas deve ter um declínio em 2012. Se Campinas definir macrozonas, as construtoras voltam. Se Campinas definir sustentabilidade para cada bairro a gente consegue aumentar. Imagina que em alguns bairros existem avenidas nas quais 99% são comércios. Se você for ver na prefeitura não consegue alvará porque aquela avenida ainda é residencial, portanto, todo mundo que está naquela avenida está no risco só que está desenvolvendo a região", comenta.

Imóveis comerciais

Antônio de Lucca diz que a classe média ainda pensa em quando do investimento em um segundo imóvel em residencial, no entanto, na sua avaliação é importante para o pequeno e médio investidor pulverizar a cesta, ou seja, se já tem um apartamento onde mora a ideia é tentar comprar uma casa comercial e depois tentar comprar um terreno pulverizando o risco.

Segundo De Lucca, em uma situação na qual há muitas salas comerciais disponíveis no mercado a lei de oferta e procura pode fazer com que ocorra uma desvalorização do aluguel. Os investidores que procuram imóveis com maior geração de renda têm a opção de aplicar as finanças em imóveis comerciais. "Um residencial tem rendimento de 0,5% a 0,6 %, enquanto um comercial varia de 0,7 a 1%.", aponta.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

DESEMPREGO NO BRASIL CAI A 4,7% EM DEZEMBRO, MENOR DESDE 2002


Taxa média de desocupação em 2011 foi 6,0%
A evolução
Foto: Criação internet

A evoluçãoCRIAÇÃO INTERNET
RIO — O desemprego brasileiro caiu para 4,7% em dezembro, ante 5,2% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Com isso, a taxa fechou 2011 com a média anual de 6,0%. Economistas esperavam uma taxa de 4,9% em dezembro
Mas há motivos de preocupação nos números da pesquisa. A queda da taxa de desemprego em dezembro foi totalmente puxada pela redução da procura por trabalho (que caracteriza o desempregado). Não houve aumento no número de ocupados, pelo contrário, esse contingente ficou 0,4% menor. E a crise na Europa espreita o mercado de trabalho. Essa incerteza faz analistas projetaram taxa média de desemprego este ano menor que 2011 (5,2%), igual (6%) e maior (6,4%)- O nível de ocupação é um recorde, que trouxe também aumento da qualidade do emprego. Em momentos de recessão, esse indicador pode até aumentar, mas com aumento na informalidade e redução no rendimento, mas não é o caso aqui. A queda foi menor do que a registrada em 2010, porque 2009 teve impactos da crise mundial. No entanto, ainda temos um grande contingente de pessoas procurando emprego, ou na informalidade, e dentro da população ocupada existe ainda um grande percentual que não contribui para a previdência. Ainda temos muito o que melhorar - avaliou o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo.
— O número é muito bom, principalmente quando o desemprego vem subindo nos países desenvolvidos, mas é preocupante que o número de ocupados tenha sido menor que em novembro. Não é normal. É uma grande interrogação, talvez mostrando que a crise já esteja fazendo algum efeito no mercado de trabalho — afirmou o economista Carlos Henrique Corseuil, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A média da população ocupada no total em 2011 foi de 22,5 milhões de pessoas, 2,1% maior que a de 2010 (22,0 milhões), segundo o IBGE. O percentual da população ocupada foi maior nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (57,0%), São Paulo (55,8%) e Porto Alegre (55,1%). Em Recife, foi registrada a menor, com 46,6%.
- Isso se deve a uma característica regional de idade. O Nordeste tem uma população de característica mais jovem - disse Azeredo.
O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.650,00, o valor mais alto para o mês de dezembro desde 2002). Os maiores avanços foram em Belo Horizonte (4,5%) e Rio de Janeiro (4,9%). A variação em São Paulo, de 0,7%, foi a menor.
- A diferença entre as regiões está cada vez menor. São Paulo, que costumava ocupar uma posição destacada, está mais próximo das outras regiões - avaliou o gerente da pesquisa.

http://oglobo.globo.com/economia/desemprego-no-brasil-cai-47-em-dezembro-menor-desde-2002-3766567#ixzz1kf0tgpJT 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

LOCALIZAÇÃO SERÁ MAIS VALORIZADA DO QUE METRAGEM



As pessoas vão preferir apartamentos menores e bem localizados àqueles longe do centro e com grande metragem. Essa é a avaliação de Alexandre Lafer Frankel, CEO da Vitacon Incorporadora, que usa – entre outras referências – uma pesquisa divulgada recentemente pela rede Nossa São Paulo, em parceria com o Ibope, sobre o trânsito de São Paulo para definir diretrizes para lançar novos empreendimentos.
Segundo a pesquisa, o paulistano vê o transito como o segundo maior problema da cidade, atrás apenas da saúde. A pesquisa relata que as pessoas gastam, em média, 2h49 se locomovendo dentro de São Paulo. “A mobilidade urbana já é uma das questões mais importantes para o paulistano, já que hoje as pessoas gastam 30% do seu tempo útil presas no engarrafamentos”, relata Frankel.
Ele acredita que as pessoas vão preferir morar perto do trabalho e da escola dos filhos, mesmo tendo umapartamento com metragem menor. “Isso afeta também o tema da sustentabilidade, que vem sendo pauta importante entre as famílias paulistanas. Ao morar perto do trabalhadores, por exemplo, usa-se menos o carro, o que – consequentemente – diminuiu a poluição”, acredita Frankel.

FONTE:  WWW.PORTALVGV.COM.BR

BRASIL FOI O 4º PAIS A RECEBER MAIS INVESTIMENTOS EM 2011


, Jamil Chade, correspondente de O Estado de S.Paulo
O Brasil foi o quarto pais a receber o maior volume de investimentos no mundo em 2011, superando todos os países da zona do euro e levando a América Latina a ter a maior expansão porcentual em todo o mundo, acima mesmo da Ásia. Os dados foram publicados nesta terça-feira, 24, pela Unctad, em Genebra, e destacam a expansão do consumo doméstico nacional e o tamanho do mercado como principais fatores que contribuíram para a atração de empresas de todo o mundo a investir no País.

Pelos cálculos da Unctad, o Brasil recebeu US$ 65,5 bilhões no ano passado. A expansão da entrada de recursos no Brasil entre 2010 e 2011 também esteve entre as doze maiores do mundo, com uma taxa de 35% e duas vezes superior à média mundial.

Segundo o levantamento, só a China (incluindo investimentos em Hong Kong e no continente), Estados Unidos e Reino Unido receberam mais projetos de investimentos que o Brasil em 2011. Se Hong Kong for calculado por um destino separado da China, o Brasil então ficaria na quinta posição como maior destino.

O maior recipiente de investimentos continua sendo a economia americana, com US$ 210 bilhões. Os Estados Unidos, porém, sofreram uma queda de 7,7% em relação a 2010 e estão sendo fortemente ameaçados pela China que, em 2012, poderá se transformar no maior destino de investimentos do mundo.

No total, a China recebeu US$ 202,4 bilhões em investimentos em 2011. US$ 124 bilhões foram à China continental, contra outros US$ 78,4 bilhões para Hong Kong. O Reino Unido vem na terceira posição, com US$ 77,1 bilhões recebidos em investimentos em 2011.

Em 2010, o Brasil já havia sido o quinto maior recipiente de investimentos, sempre contando os fluxos para China e Hong Kong de forma unificada. No ano passado, porém, a expansão foi a 12ª mais forte, o que permitiu ganhar mais uma posição no ranking.

Segundo os cálculos, o Brasil chegou a receber mais investimentos que tradicionais economias como França (US$ 40 bilhões), Alemanha (US$ 32 bilhões) e Itália (US$ 33 bilhões). Rússia e Índia também ficaram para trás.

Entre os emergentes, o Brasil recebeu um a cada dez dólares destinados a essas economias. A economia nacional também viu um fluxo de capital superior a todos os 54 países africanos juntos.

Quase um terço dos investimentos na América Latina ocorreu no Brasil, o que permitiu que a região fosse a que apresentou o maior crescimento porcentual no mundo, de 35% e superando até mesmo os asiáticos, com expansão de apenas 11%. Já Argentina e México sofreram uma contração.

CONSTRUTORAS: BALANÇO DEVEM MOSTRAR 2011 MAIS FRACO QUE 2010


Terra, Reuters

As principais construtoras e incorporadoras do País apresentarão em cerca de um mês seus balanços para o quarto trimestre e acumulado de 2011, ano marcado por certo desaquecimento do setor. Os dados operacionais preliminares já divulgados eliminam qualquer possibilidade de surpresa nos balanços, atestando que o último ano foi, de fato, mais fraco que 2010.

Se consideradas as seis companhias que representam o setor imobiliário no Ibovespa, as vendas contratadas e lançamentos em todo o ano passado cresceram 5,5% e 5,2%, respectivamente, ante 2010, considerável desaceleração em relação aos saltos de dois dígitos vistos há cerca de dois anos.

Vale lembrar que, apesar do crescimento, o último ano foi marcado por uma série de reduções nas metas traçadas pelas próprias empresas. Tais metas, entretanto, podem ter contado com uma dose excessiva de otimismo. Com os números do quarto trimestre - considerado o mais importante para o setor -, grande parte das companhias não chegou a alcançar o ponto-médio das estimativas, ficando perto do piso das projeções.

"Houve desaceleração da velocidade de vendas, mas o patamar ainda é saudável", diz o analista René Brandt, da Fator Corretora. "Ao longo do ano, a redução (de vendas e lançamentos) foi gradual e isso já era esperado pelo mercado."

De fato, com a proximidade do final do ano, muitas empresas sinalizaram ao mercado que poderiam não cumprir suas estimativas, como a MRV, que informou em novembro que ficaria abaixo do ponto-médio da meta de vendas em 2011, informação confirmada na noite de segunda-feira.

Outras como Gafisa, Cyrela Brazil Realty e Brookfield Incorporações optaram por reduzir as projeções iniciais. "As empresas vão começar a olhar mais para vendas do que para lançamentos, priorizando uma boa velocidade de vendas para resguardar o fluxo de caixa", afirma o analista Wesley Bernabé, do BB Investimentos, que assinala a redução do número de lançamentos como fundamental para a geração de caixa positiva.

Nesse sentido, os profissionais que acompanham o setor não prevêem grandes impactos nos resultados das empresas em decorrência da desaceleração vista no lado operacional, descartando qualquer possibilidade de números inesperados. "O quarto trimestre deve manter a tendência positiva vista no período anterior", apontou o Credit Suisse, em relatório, apostando na continuidade da melhoria de margens, maior reconhecimento de receita e menor consumo de caixa.

Também na aposta de balanços sem surpresas, o analista da Fator pondera que a receita das companhias crescerá de forma menos acentuada. Como o Credit Suisse, ele ressalta o efeito positivo de melhoria de margens apoiada em maior reconhecimento de receitas, provenientes de empreendimentos mais antigos.

Segundo ele, considerando as prévias divulgadas, PDG Realty, Rossi Residencial e MRV devem figurar entre os balanços mais "saudáveis", enquanto Gafisa, que foi penalizada durante 2011 por problemas com a integração da Tenda, deve precisar de um tempo maior para se recuperar. "Em linhas gerais, o quarto trimestre não vai ser muito diferente do terceiro porque o ciclo (do setor) é longo", afirma Bernabé, do BB Investimentos, que também considera a Gafisa como a única indefinição a ser observada com cautela pelo mercado.

Menos lançamentos em 2012
Na visão de analistas que acompanham o setor, este ano deve ser marcado por uma redução no ritmo de lançamentos, decorrente da desaceleração dos níveis de vendas no ano passado. O foco das empresas, enquanto isso, passará a ser a normalização das operações.

"Não faz sentido continuar com excesso de oferta no mercado", diz Bernabé, referindo-se ao menor patamar de velocidade de vendas em 2011. "A redução de lançamentos pode ser um teste para a demanda, para a velocidade de vendas se estabilizar".

Ainda no sentido de garantir maior atenção à rentabilidade, as empresas devem se preocupar ao longo deste ano em reduzir o nível de estoque de imóveis, segundo analistas. "O estoque aumentou muito e o foco deve ser em vendas", afirma o analista da Fator. "Para lançar mais é preciso esperar o aumento do poder de compra do consumidor, o que leva tempo... Enquanto isso, o crescimento será mais estável."

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

IMOVEIS EM PORTO ALEGRE VALORIZAM 11%


Jornal do Comércio / RS. Painel Econômico - Danilo Ucha


A valorização média dos imóveis, em Porto Alegre, em 2011, foi de 11% e a tendência é de que o crescimento continue, em 2012, segundo informação de João Paulo Galvão, diretor-executivo da Lopes para a região Sul.
Perspectivas como esta é que colocaram o Brasil como o segundo melhor país para investimentos na área imobiliária. Galvão acredita que, em 2012, investidores de todo o mundo buscarão o País, onde o investimento no setor ainda é relativamente baixo. "O somatório total relacionado ao crédito imobiliário, no Brasil, chega a 4% do PIB, enquanto em outros países, como o Chile, é de 20%.
Nos Estados Unidos, é maior do que 70%", diz. Com o aumento da população e a estabilidade da economia e, principalmente, da renda, investir em imóveis no País se tornou um bom negócio. Os compradores, em Porto Alegre, é que terão que mexer mais no bolso. Segundo Galvão, quem deixou de comprar, em 2010, porque achou que estava caro, hoje já está pagando até 30% mais pelo mesmo imóvel.