quarta-feira, 4 de maio de 2011

CAIXA PREVE 1 BILHÃO PARA HABITAÇÃO EM 2011

odiario / PR,  Vinícius Carvalho

Janeiro é considerado um mês de pouco movimento na maioria dos segmentos comerciais, mas a Caixa Econômica Federal conseguiu financiar 1.765 unidades habitacionais nos 131 municípios da regional Maringá. O valor dos financiamentos no primeiro mês do ano foi de R$ 47,4 milhões.
O bom começo mostra que o mercado regional não perdeu o fôlego do ano passado, quando foram financiados R$ 710 milhões em imóveis. Se o ritmo for mantido, a Superintendência Regional Noroeste poderá alcançar a meta para 2011.

"Queremos chegar a R$ 1 bilhão liberados em financiamentos", afirma o superintendente da Regional Noroeste, Fábio Carnelós. "Não temos um limite de recursos para aplicar em habitação e temos certeza que Maringá e região comporta o montante que prevemos", acrescenta.

Em 2010, o crédito liberado cresceu 67% sobre o valor financiado em 2009. O resultado é dez pontos porcentuais acima da média nacional, já que a Caixa registrou em todo o País incremento de 57% no ano passado. O crédito na região de Maringá passou de R$ 422 milhões em 2009 para R$ 710 milhões no ano seguinte.

Um crescimento de 40% em 2011 é suficiente para alcançar a meta de R$ 1 bilhão em habitação nos 131 municípios. A Caixa detém 70% do mercado nacional de habitação e 93% no segmento habitação de interesse popular, com 935 mil unidades construídas no ano passado.

Carnelós afirma que não há indicativo de que a atividade econômica no segmento vá desacelerar em 2011. "Enquanto houver déficit habitacional haverá procura por imóvel. No atual modelo de financiamento, a vantagem é que a prestação muitas vezes é inferior ao valor mensal do aluguel", compara.

De acordo com o gerente regional de construção civil da Caixa, Paulo Pereira Marinho, a faixa de valor mais procurado em Maringá e região é de imóveis entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. "Há muita procura por imóveis com preço abaixo de R$ 100 mil, mas nessa faixa simplesmente não se encontra unidade em Maringá", diz Marinho.

Mais de 90% dos financiamentos são para moradia própria e o restante para aluguel ou especulação. "O que as pessoas mais querem é se livrar do aluguel", comenta Marinho.

Com o preço elevado do imóvel em Maringá, a procura aumenta nos municípios da região metropolitana. Os destaques são Mandaguaçu e Marialva, que oferecem boa infraestrutura, contam com terrenos baratos para os padrões maringaenses e são atendidos por um eficiente aparato de transporte para o município polo.

Neste ano, Mandaguaçu terá um empreendimento com 200 apartamentos. Em Sarandi, financiamentos já assinados na Caixa resultarão em mais 200 unidades. No total, a superintendência tem hoje 100 empreendimentos sob análise nos 131 municípios da região, que representam 8 mil unidades habitacionais. "Loteamentos estão sendo lançados em Marialva, Iguatemi, Mandaguaçu, Mandaguari e em outros municípios", afirma Carnelós.

Asfalto

Os imóveis do programa federal Minha Casa, Minha Vida responderam por R$ 345 milhões dos R$ 710 milhões liberados em habitação na região de Maringá no ano passado.

Para 2011, a única mudança nas regras do programa é a exigência que o imóvel esteja em regiões asfaltadas. A superintendência acredita que a nova regra pode pesar apenas para quem financia individualmente, tentando comprar imóveis fora de loteamentos.

"Todos os empreendimentos que aprovamos já tinham a exigência não apenas de asfalto, mas infraestrutura completa, inclusive aquecimento solar", afirma Marinho.

Saiba mais
O Programa Minha Casa, Minha Vida – direcionado para pessoas com renda de até R$ 4,9 mil mensais - oferece subsídios entre R$ 8 mil e R$ 23 mil para as classes de menor renda. Financia imóveis de até R$ 130 mil na região metropolitana de Maringá. Os juros variam de 4,5% a 10,5% ao ano, de acordo com a faixa de renda, tempo de contribuição do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e adesão a produtos da Caixa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário