sábado, 23 de outubro de 2010

SUPERBACTÉRIA - INFORMAÇÕES BASICAS

Pessoal,
Tirei estas informações do Site Terra, muito Didático.


O que é a KPC?

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é um mecanismo de resistência de bactérias a um grupo de antibióticos. O KPC ganhou esse nome por ter sido identificado pela primeira vez em uma bactéria Klebsiella pneumoniae, em 1996, na Carolina do Norte (Estados Unidos). 

Apesar de sua presença ser mais comum na espécie que lhe rendeu a nomenclatura, o KPC pode ser identificado em outras bactérias. Por ter seu campo de atuação restrito a hospitais, os micro-organismos com KPC não oferecem riscos à comunidade, desde que a pessoa não esteja hospitalizada.



Porque ela é chamada de superbactéria?

Ao adquirir uma enzima, a bactéria se tornou resistente a um grupo de antibióticos, incluindo os mais potentes contra infecções, e pode se tornar insensível aos três únicos antibióticos que restaram para o seu tratamento. De acordo com a infectologista Ana Cristina Gales, apenas os antibióticos aminoglicosídeo, polimixina e tigeciclina ainda combatem a bactéria. 

“O nome de superbactéria não é porque ela é mais forte, mas porque se ela ficar resistente não tem como tratar a infecção. Ela mata mais porque reduz as opções de tratamento", disse Gales.

Quem pode ser contaminado?

Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A KPC pode afetar qualquer órgão, no entanto, os casos mais frequentes são de pneumonia e infecção urinária, segundo a infectologista Ana Cristina Gales. 

De acordo com o infectologista Rodrigo Pires dos Santos, o KPC não possui sintomas específicos. "A pista para indicar que possa ser KPC é nos casos de infecção em que o paciente está no hospital, usa vários antibióticos e não tem resposta", disse.

Como ocorre a contaminação?

A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de objetos. 

Segundo o infectologista Pires dos Santos, o avanço das tecnologias de esterilização do ambiente hospitalar diminuiu consideravelmente os casos de contaminação de equipamentos que entrem em contato com o paciente, como bisturis. Dessa forma, grande parte da proliferação da bactéria ocorre através das mãos dos profissionais de saúde.

Como evitar a contaminação?

A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais. "Lavar as mãos antes de examinar os pacientes, evitar mexer nos pertences do interno e isolar os infectados pode ajudar a conter a proliferação", disse a infectologista Ana Cristina Gales. 

Segundo o infectologista Pires dos Santos, uma forma de impedir o surgimento de novas superbactérias é utilizar racionalmente antibióticos, já que o uso indiscriminado desses medicamentos aumenta a resistência dos micro-organismos. "Estudo recente publicado em uma revista de controle de infecção americana mostrou que 64% dos pacientes com infecções virais analisados eram tratados com antibióticos, mesmo que esses medicamentos sejam ineficazes no combate a vírus", disse.

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